30.12.05

*caminhos*

Caminhos não lineares
encruzilhadas da vida
voltas e mais voltas
mapeando a estrada contínua
cortando por trilhos perdidos
caminhos não achados
vencidos!

Colho aqui e acolá
uma maça
um maracujá
sigo os sabores e cheiros
procuro e não acho

De tanto procurar já dei
mil e uma voltas à vida

Estou tonta!

Vero*

29.12.05

sem título

Frio
o ar que consome os sentimentos que se distanciam
De púrpura se rosou o coração que outrora murchou
Invade o meu ser o amargo sabor de quem perdeu o misterioso riso de acalmia
Infrutífero momento
Lanço de novo as redes ao mar
Procuro não naufragar

Mar imenso me abraça
me acolhe
me beija
me chama
oiço vozes a suplicar
que não pare de amar...

Amo então tudo o que vejo em redor...

Imenso e profundo mar que me acolheste
sem perguntar
o meu nome!

Sou eu que te chamo
que preciso de te absorver
como um traço novo que
reclama o meu ser!

(vero * 29-12-2005 na sala de espera do médico)

28.12.05

*jogo das palavras*

Sublime
passagem pelo estado racional
Incontornável
nostalgia do momento
Mágicas
as horas, os minutos...
Palavras
ao vento, que descrevem ou tentam a inquestionável
Química
atracção dos corpos
Discreto
sabor dos beijos que se descobrem
Loucura
platónica de paragem cerebral
Sentir
o som da música no toque suave dos sentidos
Despertos
em harmonia de notas musicais que compõem a canção da
Vida
liberdade de espírito
frases soltas
sem sentido ou com ele
Melodicamente
te toco
e te sinto
nem que por momentos...

Vero* 26-12-2005

7.12.05

you're beautiful

quando por entre sorrisos e risadas
meios perdidos
no nada
ali andamos nós
desconhecidos...

procurando uma palavra pra preenher
o silencio absorvente
de uma noite mágica
de estrelas num céu claro
por entre uhm e hum
la sai uma risada
descontextualizada
do reflexo inusitado
da timidez atrapalhada

mais uma música se segue
e o relógio que não pára..
a minha vontade não é nenhuma
de regressar a casa...

apetece-me
nos teus braços me aconchega
ra tua boca
saboreare os teus carinhos
partilhar...

sou assim
como ves
sem nada para esconder...

a realidade...

construimos o nosso mundo
quantas vezes tão distante da realidade
fazemo-nos acreditar que ele existe
e não passa de pura abstracção
construção da nossa vontade
do desejo íntimo de ser...

só me posso estar a passar
não sei o que dizer...
o que pensar...

so sei que isto assim não pode ser...
criei a minha ilusão e dela não consigo sair...
saltar das nuvens de bola e sabão
e poisar na calçada dura e rija
bati com as asas leves e fluidas
no chão da vida.

eu não existo, reinvento-me a cada instante!!!

vero*