16.6.05

A história _ capítulo final

eu tentei e não consegui.

4.6.05

A história _ capítulo II

Ado e Eda encontraram-se mais vezes...
A vontade de estarem perto um do outro intensificava-se a cada momento que passavam juntos. As noites longas de conversas eram passadas com brincadeiras à mistura e os momentos mais sérios eram sentidos com muita intensidade e timidez, próprio de quem não pretende magoar o outro.
Eram felizes só por estarem juntos e partilharem no intervalo de um trago de cerveja, os seus pensamentos.
Lembro-me de Eda me contar uma vez que até dos interesses políticos eles partilhavam da mesma opinião. Era fantástica aberta, sincera, sem preconceitos nem "máscaras" a relação que construíram.
Intensificavam-se cada vez mais os momentos, era incontrolável o desejo de estarem juntos de uma nova forma, mais espiritual do que o próprio espírito... complicado de entender mais fácil sentir...
Já tinham feito amor inúmeras vezes, mas somente através do pensamento. Não era impossível este exercício, era frequente... mas o corpo reclamava por algo mais... algo ainda mais espiritual...que eleva as mentes para uma frequência e amplitude maior... que faz quebrar o gelo sem o mínimo toque e que aquece um bule de chá com o ruído do grito de prazer proclamado... era assim que ambos o desejavam.
Foi assim que aconteceu!
O sabor doce do momento ficou amargado pelo toque impetuoso do telemóvel de Ado. Era da empresa. Tinha de viajar no dia seguinte para tratar de "problemas surgidos numa das empresas na Alemanha". Foi assim que Ado se despediu de Eda que ainda atordoada com o momento que há 10minutos tinha passado, sem proferir nenhuma palavra, deixou partir o ser com que tantas vezes havia estado.
Ado viajou...
Eva ficou e ainda atordoada veio ter comigo contando-me o quão desejosa estava de receber noticias alemãs. "Ich habe Sehnsucht nach dich" era o que esperava ouvir do outro lado da linha, mas nem isso nem outra coisa.. Ado passou 3 meses sem dar notícias...
Até que um dia...

3.6.05

A história _ capítulo I

Os livros, a palavra escrita, as histórias, as personagens, são sempre verdadeiras, mesmo que não o sejam. Tornam-se verdadeiras assim que alguém as cria. Hoje vou ser a criadora de 2 personagens: o Ado e a Eda.
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Tudo começou com um erro. Não daqueles erros que acontecem sem querer, não era uma coincidência, não tinha de não acontecer.. Não... Foi uma forma que alguém, ou uma força superior encontrou para nos apresentar... e nos conhecemos...
A distância física possibilitou que nos encontrassemos e nos conhecessemos num registo menos normal, num registo em que a verdade não é soberana, em que o absoluto se torna relativo, em que os sentimentos podem não estar à flor da pele... é o poder da tecnologia que nos permitiu manter durante mais de meio ano um contacto informal, um à vontade não antes conseguido com a presença física, uma cumplicidade característica de dois seres desconhecidos, conhecendo-se apenas através das palavras, através da confiança depositada nas brincadeiras trocadas... Sendo ou não aquilo que dizíamos ser, íamos sendo aquilo que conseguindo descobrir. Não podia ser o que queriam que fosse, não podia dar o que queriam que desse, não podia dizer o que queria que dissessem... mas era eu que me ia apaixonando por estes momentos de loucura psicológica, de troca de reacções à distância. Era eu que queria estar lá, ou aqui, mas ...!
Foi assim durante meio ano!
Uma época especial se aproximava e isso significava que o encontro prometido em tantas conversas ia acontecer e o confronto das palavras iam tomar corpo numa presença física entre nós.
Foi estranho o momento, o comportamento não correspondia a dois seres estranhos que nunca antes se viram, mas sim, a duas pessoas que se conheciam e partilhavam o tempo há muito tempo, daí reacções inesperadas e insólitas que aconteceram... a noite acabou e o momento também. A distância voltara a separar-nos e as conversas encurtavam-se cada vez mais. Cada um tinha seguido o seu caminho tendo sempre a necessidade de estar, nem que por momentos, com o outro.
O tempo passou! Passou!
Mas algo ficou ... nem que fosse somente o recordar de noites longas de loucura virtual.
Um dia...